Doações para
campanhas eleitorais aumentaram, segundo prestação de contas dos candidatos ao
governo do estado. A conta bancária para receber o dinheiro deve ser específica
para isso
Segundo dados
divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na última semana, as doações
de campanha das duas maiores candidaturas ao governo do Estado cresceram
vertiginosamente da primeira para segunda parcial nas prestações de contas.
Lobão Filho (PMDB), que na primeira fase da campanha recebeu R$ 500mil, passou
para R$ 4.395.000,00 na segunda. E Flávio Dino (PCdoB), que declarou ter
recebido a soma de R$170,6 mil na primeira prestação, agora o total chega a R$
6.027.905,41. As demais campanhas, mais modestas, receberam apenas doações de
pessoas físicas.
Conforme os números da segunda parcial, Lobão Filho recebeu doações expressivas
de três empresas – Franere, Dimensão Engenharia, Cantanhede e Cantanhede Ltda e
Clínica de Atendimento de Prevenção de Acidentes, chegando ao total de R$
1.065.000,00 –, uma doação de pessoa física e as demais vieram da direção
estadual e nacional do partido.
Já Flávio, com o total de R$ 6.027.905,41, recebeu 17 doações de pessoas
físicas e de 15 empresas: Distribuidora Ltda Automotores, Shopping Car Ltda,
Dalcar Veiculos Ltda, CA Caldas e Cia Ltda, Litorânea Tendas e Eventos LTDA,
VALE Mina do Azul S / A, Parnaiba Gás Natural S / A, Salobo Metais S / A, Rey
Do Vidro LTDA, Construtora S OAS / A, Faculdade de Ciência e Tecnologia Do
Maranhão LTDA, Hospital das Clinicas de Teresina LTDA, JT CHAVES-ME,
ArcelorMittal Brasil S / A, Mineração Corumbaense Reunida S / A.
O aumento das doações individuais na campanha de Dino se dá porque a Coligação
Todos Pelo Maranhão, a que integra Flávio, mantém um site de doações online.
Como exige a Justiça Eleitoral, as doações espontâneas são via cartão de
credito e caem direto numa conta bancária, que foi criada especificamente para
receber as doações.
Candidatos
Nas demais candidaturas, menos imponente, na segunda parcial de prestação de
contas o financiamento foi de pessoas físicas.
Como na de Saulo Arcageli (PSTU), que teve R$ 9.050,00 doado por nove pessoas.
Esse é o direcionamento do partido, PSTU é contra o financiamento privado de
campanha. Segundo Saulo, empresas que bancam campanha irão governar com o
eleito. “Temos orgulho de usar apenas recursos dos nossos militantes e
apoiadores. Fazemos uma campanha simples dialogando com o povo e buscando
apresentar nosso programa da melhor forma possível. Temos dificuldade de fazer
muitas visitas aos municípios, confeccionar material e produzir o programa de
TV e Rádio. Mas não estamos amarrados aos que bancam as campanhas para se darem
bem quando da eleição do seu candidato”, explica o candidato, que vê nas
grandes campanhas um desperdício de recursos, oriundos de fontes que irão
querer ser ressarcidos durante a administração: “Fazemos um corpo a corpo nos
bairros e não carreatas riquíssimas e bandeiraços com pessoas pagas, carros de
sons cada vez em maiores quantidades, busca de compra de votos”.
Luis Antonio Pedrosa (PSOL), que também é contra o recurso privado de campanha,
recebeu o total de R$ 3.200,00, arrecadado por 12 pessoas. “Nosso objetivo é
gastar o mínimo e fazer uma campanha ficha limpa em todos os sentidos: sem
financiamento dos grandes esquemas, sem poluição sonora e visual, respeitando o
direito de cada cidadã e cada cidadão”, relata Pedrosa.
Josivaldo Corrêa (PCB) declarou ter doado a si mesmo o valor de R$ 600,00. Ele
explica que, além de não concordar com financiamento privado, o partido tem
pouca condição financeira para dar esse suporte, mas que ainda assim é possível
fazer campanha. “Não aceitamos doações de empresas que possa levar a qualquer sacrifício
na gestão. As doações são de militantes e nossa mesmo. Essa doação foi do meu
salário de professor. E assim será a campanha com pouco material, sem carro de
som e outdoor. A intenção é conscientizar o eleitor, sem comprar votos, sem
comprometer os gatos”, explica Josivaldo.
FONTE = JORNAL O IMPARCIAL
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